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Cerimônias

Cerimônia de Iniciação no Templo – Shosanshiki
Comumente, os pais levam os filhos recém-nascidos, (geralmente, entre três meses a um ano de vida) para o templo para que tenham a oportunidade de encontrar o Darma desde pequenos e celebrar juntos, diante do Buda Amida, a gratidão e a alegria do nascimento desta vida. Assim, através desta Cerimônia de Iniciação, que pode ser privada ou em grupo, os pais apresentam formalmente seus filhos ao Buda e à Sanga.

Há templos que realizam esta cerimônia em grupo no mesmo dia do Ofício de Hanamatsuri (Ofício Comemorativo do Nascimento do Buda Shakyamuni), em abril, ou na ocasião do Ofício de Gôtan-e (Ofício Comemorativo do Nascimento do Shinran Shonin), em maio.

Cerimônia de Casamento Budista – Butsuzen Kekkonshiki
Realizada diante do altar do Buda Amida, a Cerimônia de casamento é a ocasião em que os noivos agradecem à vida, ao encontro com o Darma – ensinamentos budistas – e ao Buda pelo encontro com o parceiro ou parceira para a vida em comum. É uma cerimônia simples e bela, com acompanhamento musical, conduzida pelo monge que faz a leitura do sutra ou recita o hino budista. Há, em seguida, a formalização dos votos, a troca de alianças e de nendyu e a oferenda de incenso por parte dos noivos, na presença dos pais, familiares e amigos, com registro no livro de casamento. No final, o monge dirige ao novo casal, palavras de felicitação.

Cerimônia de Tomada de Refúgio nos Três Tesouros do Budismo – Kikyôshiki ou Kieshiki
O Kikyôshiki é uma cerimônia oficiada pelo Gomonshu, o Patriarca do Shin Budismo da Terra Pura. Nela se realiza, simbolicamente, a tonsura (à época do Buda Shakyamuni, os monges raspavam a cabeça, tornando-se assim discípulos do Buda) com três toques de uma navalha de lâmina sem fio simbolizando a tomada de refúgio nos três tesouros do Budismo: Buda, Darma e Sanga. Por esse motivo, esta cerimônia é chamada popularmente de “Okamissori” (raspar a cabeleira). Nesta cerimônia, nos tornamos, oficialmente, adeptos leigos desta Sanga e assumimos, ante a imagem do Buda Amida, o compromisso de seguir os ensinamentos do Nembutsu, entregando-nos plenamente ao Voto Original do Buda Amida que nos abraça e jamais nos abandona até o nosso nascimento na Terra Pura onde nos tornamos Buda. Após a tonsura simbólica da cabeça, recebemos um nome búdico (hômyô), confirmando o ingresso no Caminho do Buda.

Esta cerimônia é realizada somente pelo Patriarca, o monge da hierarquia máxima do Shin Budismo, residente no Japão. No Brasil, o Superintendente da Federação Budista Sul Americana Jodo Shinshu Honpa Hongwanji (Sôtyô) possui a autonomia de substituí-lo e realizar uma cerimônia similar, chamada de “Kieshiki”. O Kieshiki pode ser realizado individualmente, ou em grupo, no templo matriz, em São Paulo, ou nos templos do interior em ocasiões especiais.

Quando há a visita oficial do Patriarca nos países sul americanos, sobretudo no Brasil, geralmente, as cerimônias de Kikyôshiki são realizadas nos templos visitados.